Aumenta uso de nota eletrônica
Adoção gradual deve proporcionar alta de 8% na receita do Estado em 2010, diz secretário Englert
Até o fim do ano, as notas fiscais eletrônicas (NF-e) devem representar metade de todas as vendas realizadas no Rio Grande do Sul - em valores. O cálculo é do secretário da Fazenda, Ricardo Englert.
A ampliação do documento eletrônico, que a partir de 1º de setembro será obrigatório para mais 54 setores, é uma forma de combater a sonegação, acrescenta. A evasão fiscal é estimada em R$ 1,5 bilhão por ano no Estado:
- A grande vantagem é que sabemos o momento em que a empresa emitiu a nota - diz Englert.
A partir de 1º de setembro, serão cerca de 4,5 mil novos estabelecimentos, que vão desde fabricantes de cosméticos a concessionárias de veículos. Hoje, mais de 11 mil empresas já trabalham com o documento digital.
Com a adoção gradual da nota eletrônica, o resultado deve ser um aumento de 8% na receita estadual em 2010, somente através do combate à sonegação, entende Englert:
- Nosso objetivo é que, no próximo ano, 100% das notas sejam emitidas eletronicamente no Estado. Isso vai possibilitar o combate à evasão e a perda anual de R$ 1,5 bilhão em impostos.
Um exemplo de como a NF-e pode ser vantajosa para os empresários é da Panvel. Em 2006, o grupo emitiu a primeira NF-e do país, através de um projeto do qual participaram outras empresas, como Gerdau, Petrobras e General Motors. Todas as notas do grupo já são digitais. O resultado foi um corte de 80% dos custos com impressão e armazenagem de documentos. Para se ter uma ideia, somente os clientes que compram produtos na farmácias recebem um cupom impresso.
O diretor administrativo do grupo, Roberto Coimbra, comenta que a economia obtida com a NF-e desde 2006 possibilitou a construção de um novo prédio para o complexo administrativo em Porto Alegre.