Taxação em aplicações em poupança pode ser cobrada a partir de R$ 100 mil
O senador Francisco Dornelles (PP/RJ) recebeu, ontem (28), o apoio do presidente da Casa, José Sarney (PMDB/AP), para propor mudanças no texto do projeto de lei do Governo de taxação dos ganhos com aplicações em caderneta de poupança. A proposta do parlamentar é de que o limite de isenção seja de R$ 100 mil e não de R$ 50 mil como quer o Executivo. O texto ainda deve ser enviado à Câmara dos Deputados.Francisco Dornelles argumenta que as migrações para a poupança de valores mais baixos, entre R$ 60 mil e R$ 80 mil, por exemplo, necessariamente não significam saída de aplicações em fundo de renda fixa. O parlamentar também tem ponderado sobre a necessidade de se estabelecer parâmetros para a tributação dos rendimentos da caderneta de poupança. Segundo ele, é necessário garantir mecanismos que preservem poupadores que economizam reservas nessas aplicações. Um instrumento para isso seria determinar uma data a partir da qual os rendimentos superiores ao piso passariam a ser tributados.Para o senador, se o objetivo é evitar a migração de outras aplicações, não há motivo para tributar o estoque de anos de aplicações por pequenos e médios poupadores nas cadernetas de poupança. Para o parlamentar, a tributação dos rendimentos que entram na caderneta de poupança acima do valor mínimo estabelecido e a partir da data fixada pode ser uma boa solução para resolver o problema.As informações são da Agência Brasil.