Sociedade debate tributos e previdência no Fórum Social Mundial

A Oficina Justiça Fiscal e Seguridade Social reuniu na tarde desta terça-feira (26), no Ministério da Fazenda, em Porto Alegre (RS), técnicos, parlamentares e especialistas da área tributária e previdenciária. Promovido pelo Sindifisco Nacional, através da Delegacia Sindical de Porto Alegre (DS/POA), em parceria com Fundação Anfip de Estudos da Seguridade Social, Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap), Federação dos Trabalhadores Aposentados e Pensionistas do RS (Fetapergs), União Gaúcha em Defesa da Previdência Social e Sindifisco RS, entre outras entidades estaduais e municipais, a Oficina integrou a programação do Fórum Social Mundial - 10 Anos, e foi constituída de três mesas-redondas.A primeira rodada de debates foi composta pela deputada federal Luciana Genro (PSOL), pelo presidente do Sindifisco RS, João Antônio Almeida Marins, pelo representante da Federação brasileira de Associações de Fiscais de Tributos Estaduais (Febrafite), Luiz Antônio Bins, e pelo vice-presidente do Sindifisco Nacional, Sérgio Aurélio Diniz, tendo como foco a carga tributária no país, a atual situação, e a análise da última década, apontando a necessidade de uma racionalização de destinação da arrecadação, uma vez que quase 30% do montante é direcionado ao pagamento de dívidas. Da mesma forma, foi consenso a critica à falta de isonomia na distribuição de verbas federais aos estados e municípios.O segundo bloco avaliou recente história previdenciária, com a participação do senador Paulo Paim (PT/RS), do Gerente Executivo Regional do INSS, Luis Cândido da Silva, do vice-presidente do Sindifisco Nacional, Lupércio Montenegro e do presidente da Confederação Brasileira dos Aposentados e Pensionistas, Warley Gonçalles. A prerrogativa da dependência, cada vez maior, dos contribuintes pela seguridade social foi o ponto de partida da análise e das críticas feitas ao governo no que diz respeito a "falácia do rombo na previdência" - como afirmou Paim, destacando o fator previdenciário como outro atraso político em contrapartida a necessidade de uma reforma previdenciária efetiva.Encerrando a tarde de debates, o terceiro bloco teve o objetivo de traçar um panorama geral e as previsões a curto e longo prazo do cenário político e econômico no país sob o ponto abrangente no âmbito da Justiça Fiscal e Seguridade Social. Os presidentes da DS/POA, Vilson Romero, da Fundação Anfip de Estudos e Seguridade Social, Floriano Martins de Sá Neto e da Anfip, Jorge Cezar Costa, além do Coordenador Executivo da União Gaúcha em Defesa da Previdência Social e Pública, Celso Malhani de Souza, finalizaram a reunião mostrando as preocupações com possíveis reformas nos âmbitos fiscal, tributário e previdenciário que não atendam os anseios da sociedade de uma efetiva justiça fiscal e seguridade social pública de qualidade. O evento mediado pelo jornalista Batista Filho teve transmissão "on line" pela Internet com expressiva cobertura da mídia nacional e local.
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