O presidente da Delegacia Sindical de Porto Alegre, Vilson Romero, questionou a possibilidade do governo federal de encaminhar propostas de desoneração da folha de salários dos trabalhadores da iniciativa privada, ao participar de mesa-redonda no Programa Democracia, da TV Assembleia (RS), nesta terça-feira (18). Romero saudou a passagem dos 88 anos da previdência social no Brasil, que transcorre no próximo dia 24 de janeiro, realçando que é o “maior instrumento de redistribuição de renda da América Latina”, ao atender 28 milhões de aposentadorias, pensões e outros benefícios e movimentar mais de R$ 200 bilhões ao ano. No programa que contou com a participação de representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e da Federação gaúcha dos Aposentados e Pensionistas, o dirigente ressaltou a importância de todos se unirem pela derrubada do veto presidencial ao fim do fator previdenciário, bem como garantiu haver recursos para pagamento de um salário mínimo superior ao anunciado pelo Palácio do Planalto. No debate sobre a desoneração da folha, Vilson Romero fez questão de frisar que é uma medida “paliativa, sem efetiva repercussão no mercado de trabalho”, sendo que, segundo o presidente da DS/POA, se aprovada, “pode comprometer ainda mais os cofres do INSS”. Concluindo, afirmou que mudanças pontuais devem ser feitas no INSS, como a correta separação entre os subsistemas rural e urbano e o continuado aparelhamento do Estado para o combate à fraude e à sonegação das contribuições.