Medidas para reduzir desigualdades
Números indiscutíveis e informações assustadoras de especialistas no assunto foram o foco do painel A Justiça Fiscal Como Instrumento para Redução das Desigualdades, primeira parte das atividades conjuntas no Fórum Social Temático promovidas pelos Sindifisco Nacional - DS/POA e o Instituto Justiça Fiscal (IJF) nessa quarta-feira, 25. Dezenas de pessoas ouviram dos palestrantes evidências de que é possível discutir e observar formas de melhorar o sistema fiscal brasileiro e construir uma sociedade mais justa. O painel coordenado pelo auditor-fiscal da RFB e presidente do Instituto Justiça Fiscal Dão Real Pereira dos Santos mostrou números apresentados pelo economista e catedrático da Unb Evilásio Salvador, de Brasília, que comprovam as desigualdades tributárias e a concentração de renda na mão de uma minoria, fazendo do Brasil um dos 10 países mais ricos do mundo e, ao mesmo tempo, um dos que possui a mais perversa distribuição de renda. O economista uruguaio Roberto Bissio, dedicado a questões de desenvolvimento desde 1975, diretor do Instituto do Terceiro Mundo (Third World Institute) e membro da Rede Internacional do Terceiro Mundo traçou um panorama sobre a situação econômica e social mundial, comprovando que a riqueza está aumentando, embora seja totalmente mal distribuída, fato que até mesmo os teóricos dos organismos financeiros internacionais já reconhecem. Antônio David Cattani, conselheiro do IJF, afirmou que existe um processo de personificação da riqueza que precisa ser detido. O dinheiro viaja pelo mundo todo no caminho para os paraísos fiscais, impossibilitando o rastreamento por se ocultar em contas individuais. A diretora de campanhas internacionais da ONG Christian Aid, Mariana Paoli, comanda um movimento mundial para acabar com o sigilo dos paraísos fiscais. O documento será enviado à presidente Dilma Rousseff e aos líderes do G20 visando à adoção das medidas necessárias. Quem quiser participar pode acessar http://www.fimaosparaisosfiscais.org/atueja.
VEJA A COBERTURA COMPLETA NO BIS nº 103