Oposição quer votação do PL 1992 depois do carnaval
O líder do PSDB, deputado Bruno Araújo (PE), voltou a defender um acordo para adiar a votação do projeto de lei que cria o fundo de previdência complementar do servidor público (Funpresp – PL 1992/07) até 28 de fevereiro em troca de tranquilidade nas votações das medidas provisórias e outros projetos. A proposta foi levantada na reunião de líderes de terça-feira, mas recusada pelo governo. “A impressão que tive ontem é de que esse seria um encaminhamento salutar para o Parlamento, que permitira a qualidade dos trabalhos em troca de um acordo de procedimento que permitiria a votação do Funpresp depois do Carnaval”, disse Araújo.
Essa proposta também foi defendida pelo líder do PSol, deputado Chico Alencar (RJ). “Vamos recomeçar os trabalhos de uma maneira serena e sem contratempos”, disse. Mais cedo, o líder do governo, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), disse que não aceitou o acordo do PSDB porque ele seria uma manobra protelatória. “O acordo é protelatório. Se você levantar as notas taquigráficas da sessão do ano passado vai ver que já tínhamos um acordo para votar antes do Carnaval”, disse.
O líder do PDT, deputado André Figueiredo (CE), disse também que o partido vai obstruir a votação do projeto de lei que cria o fundo de previdência complementar do servidor público (Funpresp – PL 1992/07). “Consideramos essa votação no dia de hoje (quarta) um açodamento, uma traição a partidos como o PDT, que sempre foram leais. Não fomos consultados sobre essa votação e vamos obstruir o Funpresp”, disse.