Seminário Aduaneiro Internacional encerra com dados alarmantes

07 Jun 2013
Lighthouse

Levantamento elaborado pelo Sindifisco aponta que, entre 1981 até 2011, 14 auditores foram vítimas de atentados executados por integrantes de quadrilhas que atuam nas fronteiras. O dado foi apresentado durante o Seminário Aduaneiro Internacional, que encerrou nesta sexta-feira em Porto Alegre.

O presidente do Sindifisco Nacional, Pedro Delarue considera que a limitação ao porte de arma contribui para dificultar a prevenção à criminalidade. “A maioria dos atentados contra auditores, nos últimos anos, aconteceu quando estavam fora do horário de trabalho. Nesta atividade, é necessário o porte pleno de armas. Afinal, como combater ao tráfico de armas e drogas desarmado?”, cobrou Delarue, dando o tom dos debates do evento, que terminou em Porto Alegre nesta sexta-feira.

Subsecretário de Aduana e Relações Internacionais da Receita, Ernani Checcucci Filho – um dos painelistas convidados – concordou com a crítica de Delarue. Porém, defendeu o Fisco ao expor que o porte permanente está em negociação com o governo.

Por dois dias, os auditores discutiram quatro temas: 1) A visão de futuro da Aduana; 2) Gerenciamento de Riscos no Comércio Internacional; 3) Competência da RFB nos Portos, Portos Secos, Aeroportos e Pontos de Fronteira; e 4) A Aduana no combate ao Tráfico Internacional.

Para Vilson Antonio Romero, presidente da Delegacia Sindical Porto Alegre e diretor de Defesa de Justiça Fiscal e Seguridade Social do Sindifisco, o II Seminário foi uma oportunidade para aprofundar e passar a limpo “a estrutura formal por onde se transita o comércio exterior”.