Auditores-fiscais do RS lideram paralisação da categoria no país

Com a garantia de que as operações Lava Jato, Zelotes e Custo Brasil não serão afetadas, auditores fiscais da Receita Federal no Rio Grande do Sul realizaram, nesta terça-feira (12), o primeiro dia de paralisação. Eles protestam contra o não envio, ao Congresso, do projeto de lei que trata do reajuste salarial da categoria. Nos demais estados, a paralisação começará na quinta-feira, dia 14.
Mais de trezentos auditores de diversas regiões do RS participaram da mobilização no Edifício-Sede do Ministério da Fazenda na capital gaúcha. A atividade, liderada pela Delegacia Sindical de Porto Alegre, foi motivada pela declaração de que o projeto com o reajuste da categoria não era uma prioridade para o Governo Federal. “As negociações para a aprovação do reajuste de 21,3% em quatro anos duraram meses e aceitamos um percentual muito abaixo da inflação” afirma o presidente da Delegacia Sindical do Sindifisco Nacional em Porto Alegre, Marco Aurélio Baumgarten de Azevedo.
Agora, conforme o dirigente, “o governo descumpre o acordo e deixa a categoria desmotivada para continuar o trabalho”. O dirigente afirma que a adesão deve ser massiva uma vez que o Sindicato conta com Fundo de Corte de Ponto para suprir os dias parados. A primeira parcela do reajuste, de 5,5% iniciaria em agosto.
O Rio Grande do Sul foi o pioneiro nas mobilizações de entrega de cargos e na paralisação. Isso significa que delegados, inspetores-chefes, chefes de divisão ou serviço e adjuntos e substitutos da 10ª Região Fiscal solicitaram a exoneração dos cargos em comissão e dispensa das funções gratificadas e encargos de substituto eventual.
Participaram da atividade em Porto Alegre, além dos auditores da capital, representantes das delegacias sindicais de Uruguaiana, Santo Ângelo, Santa Cruz, Passo Fundo, Caxias, Pelotas, Santa Maria e Novo Hamburgo. A vice-presidente do Sindifisco Nacional, Maria Cândida, veio a Porto Alegre para saudar os auditores gaúchos, que acirraram o movimento.