Saiu na mídia: Sindicato dos auditores fiscais comemora adesão à paralisação contra Orçamento de 2022

Fonte Assessoria de Imprensa
28 Dez 2021
Lighthouse

Publicado por Rádio Guaíba 

O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco) classifica como “acima da média” a adesão à greve da categoria, que teve início nesta segunda-feira (27). A mobilização cobra que a União regulamente o chamado “bônus de eficiência” e o fim da retirada de recursos da área, prevista no orçamento aprovado para 2022.

Segundo a Delegacia Sindical de Porto Alegre do Sindifisco (DSPOA), a Receita dispunha de R$ 2,8 bilhões de verba orçamentária em 2007. Hoje, o montante é de R$ 1,8 bilhão. Por isso a maior parte dos delegados gaúchos votou em prol da paralisação – assim como no restante do país, onde quase 97% dos servidores ativos aderiram ao protesto.

É um absurdo. Cumprimos todas as metas. Cumprimos regiamente aquilo que foi acordado. Só que a outra parte, o Governo Federal, dá de ombros. A Receita se fechou de tal maneira que a grande maioria da população não sabe qual a função do órgão”, critica o presidente da DSPOA, Luís Augusto Carratte de Mesquita.

Desde que foi aprovado o Orçamento, pelo menos 625 pedidos voluntários de exoneração de cargos em comissão já foram protocolados. Quase cem deles envolvem profissionais que atuam no Rio Grande do Sul. Outro destaque é a solicitação dos 44 membros do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, que apresentaram renúncia coletiva.

“Quando se pede a exoneração de uma função é necessário que ela seja formalizada por quem pede, e aceita por quem recebe. Os superintendentes resolveram, em reunião, que não vão publicar as portarias. Cria-se um constrangimento miserável, pois o chefe aqui tem de assinar uma coisa e voltar atrás”, ressalta Mesquita. 

Operação padrão

Com a greve da categoria, ficam paralisadas ou mais lentas atividades de fiscalização tributária e aduaneira. O movimento não deve afetar viajantes e o trânsito de produtos essenciais – uma vez que medicamentos, insumos para o setor de saúde e demais itens essenciais vêm sendo priorizados pelos auditores.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, na última sexta, que foi o ministro da Economia, Paulo Guedes, quem decidiu não conceder o benefício que vai tentar reverter a chamada “operação padrão”.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil