Saldo comercial cresce

03 Jan 2007
Apesar das queixas dos exportadores de que a desvalorização do dólar ante o real reduziu a competitividade de seus produtos, o Brasil fechou o ano de 2006 com saldo comercial recorde. Foram US$ 46,077 bilhões. O resultado ficou acima de qualquer previsão, inclusive a do governo, na maioria das vezes bem mais otimista do que a média no mercado financeiro. O crescimento das vendas externas brasileiras foi favorecido, no ano passado, pelo avanço da economia mundial, pela maior demanda de produtos importantes na pauta de exportação brasileira, como minerais e alimentos, e pelo aumento de preços em moeda estrangeira das matérias-primas. As exportações chegaram a US$ 137,471 bilhões, o maior patamar na história do país, enquanto as importações ficaram em US$ 91,394 bilhões. As vendas externas deverão ter desaceleração neste ano, dizem consultores. O movimento já se iniciou em 2006, que fechou com expansão de 16%, abaixo dos 22,63% registrada em 2005. O ano passado foi o primeiro desde 1997 em que o ritmo de crescimento das exportações se mostrou inferior ao das importações, que aumentaram 24%. - É muito difícil manter um ritmo de crescimento tão alto - diz Carlos Urso, da LCA Consultores, que prevê superávit comercial de US$ 41 bilhões em 2007.