Em carta a ministros, Unafisco questiona novamente metas de arrecadação
Em cartas enviadas ontem ao ministro Guido Mantega, com cópia para o SRF Jorge Rachid, e ao ministro Paulo Bernardo, com cópia para o secretário de Recursos Humanos, Sérgio Mendonça, o Unafisco mais uma vez questiona a vinculação dos nossos salários a metas de arrecadação, uma situação que não encontra similar em nenhuma das negociações salariais do Executivo com as carreiras de Estado. No dia 11 de janeiro já havíamos alertado para os rumores de que nossos salários seriam reduzidos. No texto atual, destacamos que o não atingimento das metas de arrecadação ocorreu, conforme análise da própria Secretaria da Receita Federal divulgada à imprensa, porque uma grande empresa do setor de petróleo decidiu distribuir juros sobre capital próprio para seus acionistas. A remuneração dos acionistas da empresa tem significativo incentivo fiscal e reduziu drasticamente o recolhimento de Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e Contribuição Social Sobre Lucro Líquido. “Que ironia: recordes de arrecadação são batidos, uma empresa controlada pelo governo resolve distribuir juros sobre capital próprio e os salários dos auditores-fiscais da Receita Federal são reduzidos. Nada mais evidente para comprovar todas as denúncias feitas desde o início pelo Unafisco. Nada mais evidente para demonstrar a fragilidade da fórmula de remuneração defendida pela Secretaria da Receita Federal”, reiteram os documentos, que estão anexos a este boletim. Ao finalizar, o Sindicato reitera que os AFRFs não concordarão com a precarização dos seus salários, que vem no sentido contrário à capacitação do Estado para promover o desenvolvimento com maior distribuição de renda e justiça social.