Criação da Super-Receita divide opiniões
A fusão das Secretarias da Receita Previdenciária Social e da Receita Federal em um único órgão, a Super-Receita, divide opiniões entre sindicatos das categorias envolvidas e gera problemas e atritos, principalmente entre os dois lados da fiscalização. De acordo com o diretor administrativo do Sindicato dos Previdenciários do Estado de Sergipe - Sindprev, Joaquim Antônio F. de Souza, até dezembro de 2006 o processo de fusão teve um grande andamento. Só que o governo federal tentou aprovar até o último dia de 2006, mas não conseguiu porque o processo da fusão passa por vários fatores problemáticos. Ele citou como exemplo o Sistema Informatizado da Previdência que é totalmente diferente do sistema da Receita Federal. A Previdência trabalha com a DataPrevi e a RF com o Serpro. Esse é um dos problemas que está gerando atritos, principalmente entre os dois lados da fiscalização. A fusão é prejudicial, principalmente para o servidor e para a verba destinada aos aposentados. Para sindicalistas, a Previdência Social poderá ser destroçada caso o projeto que tramita no Congresso Nacional seja aprovado, abrindo assim o caminho para a implantação da previdência privada no país. Para Joaquim Antônio, a decisão do governo federal justifica a criação da Medida Provisória, no crescente "déficit" apresentado pela Previdência Social Pública, e aposta na fusão dos fiscos como o fortalecimento da Administração Tributária Nacional. Na prática, o sistema informatizado do Serpro da Receita Federal e Dataprev da Previdência social será único, o que trará uma eficiência maior ao sistema adotado pela Previdência considerado hoje "falido".