Puxadas pelo desempenho dos alunos da rede pública, as escolas gaúchas tiveram as melhores notas no Enem de 2006, cujas médias em termos nacionais apresentaram uma queda em relação a 2005 Graças às notas obtidas pelos alunos da rede pública, o Rio Grande do Sul ficou no topo do ranking do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2006. Teria ainda mais a comemorar, se os estudantes de colégios particulares que aceitaram participar do teste não tivessem ficado em 13º lugar na prova objetiva, em comparação com a rede privada de outros Estados. Os resultados, divulgados ontem pelo Ministério da Educação, deram um notícia ruim para o país. No geral, a média da prova objetiva caiu de 39,41, em 2005, para 36,9 em 2006. O exame, de participação voluntária, avalia conhecimentos gerais e redação de alunos do 3º ano do Ensino Médio. No Rio Grande do Sul, os estudantes das escolas particulares tiveram média mais alta (45,77) do que os das escolas públicas (39,29). O problema é que decepcionaram em comparação com colegas da rede privada de outras partes do Brasil. Ficaram atrás de quatro Estados do Nordeste, além de oito de outras regiões. Os números foram recebidos pelo Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Privado (Sinepe/RS) com perplexidade. O presidente do Sinepe/RS, Osvino Toillier, culpa a metodologia de participação facultativa: - Alunos de escolas privadas precisam pagar para participar do exame, o que acaba desestimulando a participação. Se houvesse uma avaliação da totalidade dos alunos, teríamos um resultado bem melhor. As particulares têm a campeã gaúcha no Enem, o Colégio Israelita Brasileiro, da Capital, com 68,05 (ao lado, veja rankings das instituições públicas e privadas com melhor performance no Estado). Também à frente no teste do Saeb Os estudantes gaúchos de 3º ano do Ensino Médio também são os campeões em outra prova cujos resultados foram divulgados ontem, a do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) 2005. No exame, diferente do Enem por ser uma prova por amostragem, o Estado se manteve com um desempenho estável em relação às edições anteriores no Ensino Médio. Outros Estados pioraram - em termos nacionais, as notas de português e matemática caíram em relação a 2003.