Ministra Dilma admite proposta de reforma na Previdência A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou ontem, durante palestra sobre o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) feita para dirigentes do Sebrae, que o governo aumentará os cortes tributários e os investimentos quando for aberto espaço fiscal. Segundo a ministra, essas duas medidas são cruciais para a aceleração do crescimento do país. Dilma admitiu que no PAC não foi possível ampliar a desoneração tributária da forma como o governo gostaria. - Não tivemos espaço para fazer tudo - afirmou Dilma, acrescentando que o PAC não é uma tentativa do governo para afrouxar o controle dos gastos. - Vamos aumentar o controle dos gastos para fazer o PAC - disse ela. Durante o encontro, a ministra admitiu também que uma proposta de reforma da Previdência deve ser elaborada somente depois que forem encerrados os trabalhos do Fórum Nacional da Previdência, a ser instalado na próxima semana. De acordo com ela, o fórum terá seis meses para fazer as discussões necessárias e chegar a uma conclusão sobre o assunto. Ontem, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, admitiu que o governo federal fará cortes em todas as áreas do Orçamento de 2007, exceto nos programas sociais e investimentos ligados diretamente ao PAC. - Vamos priorizar os programas sociais que estão sendo desenvolvidos pelo governo, e a área social, de uma maneira geral, vai estar preservada. Serão preservados também os investimentos que estão no PAC - disse Bernardo em Araraquara (SP) para o lançamento do edital de licitação de uma obra. -Tirando isso, todas as áreas terão corte - completou. As especulações sobre o tamanho do corte variam de R$ 15 bilhões a R$ 30 bilhões. O Diário Oficial da União trouxe ontem a sanção da lei orçamentária da União em 2007. As receitas e despesas são estimadas em R$ 1,537 trilhão.