Paralisação mobiliza AFRFs em todo o país

09 Fev 2007
A forte adesão à paralisação de 24 horas realizada ontem refletiu o nível de insatisfação da categoria com a política de vinculação da nossa remuneração a metas de arrecadação. “Coincidentemente”, a portaria que reviu as metas para evitar a redução salarial no mês de fevereiro, assinada no dia 31 de janeiro, só foi publicada ontem, data da nossa paralisação. Em várias localidades, os AFRFs marcaram o dia de paralisação com debates e reuniões para discutir a nossa situação de insegurança salarial. Em Uruguaiana, por exemplo, os auditores se reuniram em frente à R eceita Federal para manifestar discordância em relação a sistemática de remuneração variável imposta à categoria. O sentimento dos AFRFs é de que tal metodologia de pagamento cria insegurança, na medida em que não se tem influência direta nas variáveis que são estipuladas para atingimento de metas. A manifestação foi um sucesso. Contou com a presença da maioria dos AFRFs lotados em Uruguaiana, o que demonstra a inquietude da categoria em relação ao tema. Na DS/ Vitória, o percentual de adesão foi de 70% e os colegas se reuniram pela manhã para debater a necessidade de se rever a política da metas. Os colegas de Porto Alegre marcaram o dia de protesto contra a redução da Gifa e contra a atual estrutura remuneratória dos AFRFs, nesta quinta-feira, com um café da manhã, realizado no restaurante do "Chocolatão", e um almoço, na sede da DS/Porto Alegre. Nos dois eventos, os AFRFs debateram a estrutura da remuneração e as dificuldades vividas pela categoria diante da incerteza que tomou conta de todos em relação aos valores do contracheque nos próximos meses. Também foram debatidas a fusão dos fiscos e a necessidade de uma luta constante pela recuperação da autoridade do cargo, entre outros temas. A mesma discussão mobilizou os AFRFs do Ceará que participaram de encontro na DS. Lá, 50% dos colegas aderiram à paralisação. Eles discutiram também a preocupação quanto a ações judiciais, entre outros assuntos. No Rio de Janeiro, cerca de 80% dos colegas paralisaram suas atividades, sendo mantidas as atividades essenciais no porto e aeroporto. Eles aprovaram um manifesto que será entregue aos superintendentes e aos chefes de unidade. Em Campinas (SP), houve a adesão de 70% dos colegas, que também participaram de um café da manhã para discutir a paralisação. A DS/Curitiba, que também realizou café da manhã, destaca a repercussão na imprensa, com entrevistas concedidas para o Canal 21 e o SBT. O índice de adesão no local foi de mais de 50%. No Porto de Paranaguá (PR), na delegacia da Receita Federal ninguém atendeu ao público ou desembaraçou mercadoria. A DS/Rio Grande do Norte informou que no setor de fiscalização, onde trabalha a maioria dos auditores, houve paralisação de 100%. Em Aracaju (SE), 90% dos auditores aderiram à paralisação. Em Goiás, a paralisação de 24 horas foi realizada com a concentração de mais de 40 AFRFs, pela manhã, em frente à Delegacia da Receita Federal em Goiânia. A paralisação obteve a adesão de 60% dos AFRFs e contou com a cobertura de três rádios locais, RBC, Rádio Brasil Central e Rádio Difusora, além de duas emissoras televisivas locais, Rede Record e SBT. Os auditores-fiscais da DS/BH reuniram-se na manhã de ontem na entrada do prédio do Ministério da Fazenda e discutiram a questão da remuneração durante mais de uma hora, ficando parte das questões para serem debatidas nas reuniões programadas para a tarde de hoje. Todos manifestaram profunda insatisfação com a política de remuneração com vinculação a metas. A DS/Manaus informou que 100% dos aduaneiros aderiram ao movimento. A DS/ Mato Grosso do Sul/ Campo Grande/ Mundo Novo/ Corumbá informou que entre 60% a 70% aderiram a paralisação, e apenas Ponta Porã não aderiu. Em Brasília, a adesão chegou a 30% nos órgãos centrais e 70% nos órgãos regionais. Os colegas encaminharam ao corregedor da SRF, Marcos Mello, manifesto em que externam sua insatisfação com a possibilidade de redução salarial. O manifesto está anexo a este boletim. Em Cascavel cerca de 50% dos AFRFs pararam. O presidente da DS, Eduardo de Araújo foi entrevistado pelo jornal Gazeta do Paraná. Na DS/Caruaru, 30% aderiram à paralisação. A DS/Caxias do Sul (RS) informa que 70% aderiram à paralisação na localidade. Na DS/Divinópolis (MG), cerca de 40% aderiram, enquanto em outra cidade mineira, Governador Valadares, 50% participaram do movimento. Os AFRFs da base da DS/Salvador estiveram reunidos ontem num café da manhã na sede do Ministério da Fazenda, onde discutiram a questão da vinculação de seus salários a metas de arrecadação. Para os AFRFs daquela DS, é urgente e necessária uma tomada de providências por parte do governo no sentido de pôr fim à insegurança gerada nos salários dos AFRFs em razão da metodologia de cálculo da Gifa.