Ministro e CUT divergem sobre direito de greve
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, deixou claro ontem que o governo pretende encaminhar ao Congresso um projeto de lei restringindo a greve de funcionários públicos em setores essenciais, independentemente da posição contrária de organizações sindicais. Bernardo se reuniu com representantes da CUT, que apóia a administração federal mas não concorda com a restrição de greves. O ministro condicionou a retomada das negociações ao envio de uma proposta ao Congresso regulamentando as paralisações. O governo quer estabelecer limites para que, em caso de greve, um percentual dos servidores tenha de comparecer ao trabalho. O objetivo é manter os serviços imprescindíveis. O presidente da CUT, Artur Henrique da Silva Santos, disse que a entidade só discutirá o tema se for parte de pacote que inclua assuntos como organização sindical e negociação coletiva.