A carga tributária no país atingiu 35,21% da soma de todas as riquezas produzidas no ano passado, ou seja, de cada R$ 100 recebidos pelo cidadão brasileiro, R$ 35,21 foram destinados ao pagamento de impostos. Levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) mostra que a carga tributária apresentou um aumento de 1,09 ponto percentual em relação a 2005, quando os impostos representaram 34,12% do PIB. Somente no primeiro mandato do governo Lula, a carga tributária cresceu 2,56 pontos percentuais. Nos quatro primeiros anos de mandato de Fernando Henrique Cardoso, o avanço foi 1,23 ponto percentual. Já no segundo, a alta chegou a 5,27 pontos percentuais. Apesar de continuar em um patamar bastante elevado, a arrecadação de impostos caiu devido à mudança na forma de o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) contabilizar o PIB do país. Com a incorporação de novos dados, informações da Receita Federal sobre as pessoas jurídicas, pesquisa sobre orçamentos familiares de 2003 e censo agropecuário 1996, a soma de todas as riquezas do país saltou de R$ 2,100 trilhões para R$ 2,322 trilhões. Como a arrecadação não mudou — foi de R$ 817,938 bilhões em 2006 —a carga tributária em relação ao PIB cedeu de 38,8% para 35,21% neste ano. Segundo o instituto, dos R$ 817,938 bilhões recolhidos no ano passado, R$ 570,789 bilhões são de tributos federais, R$ 211,956 bilhões, de estaduais e R$ 35,193 bilhões a municipais. Em 2005, a arrecadação de impostos somou R$ 732,864 bilhões, sendo que R$ 514,417 bilhões federais; R$ 187,873 bilhões estaduais e R$ 30,574 bilhões, municipais. (ES) Data: 29/09Fonte: Correio Braziliense