Unafisco fará sugestões ao governo mineiro para conter criminalidade

04 Abr 2007
O presidente do Unafisco, Carlos André Soares Nogueira, reúne-se hoje (4/4), às 14h30, com o secretário de Segurança Pública do Estado de Minas Gerais, Maurício de Oliveira Campos Júnior, para alertá-lo de que se o Brasil afrouxar o controle sobre suas fronteiras, correrá o risco de potencializar a entrada de armas ilegais e de drogas no país. A conseqüência direta será o aumento dos índices de violência em todos os estados brasileiros. No foco do debate, estará o projeto dos postos-secos, em tramitação na Câmara dos Deputados. Caso seja aprovado da forma que está proposto, criará condições favoráveis para a ação indiscriminada de contrabandistas e traficantes. Além de chamar a atenção para o problema, o Sindicato irá propor medidas objetivas para um combate efetivo da criminalidade. Integração– Uma das sugestões será integrar o trabalho da Secretaria da Receita Federal (SRF) com o dos órgãos públicos de segurança, de maneira a permitir o compartilhamento de informações. A intenção é utilizar muitos dados que se perdem nas gavetas da SRF para subsidiar investigações policiais. Isso permitiria, por exemplo, que um crime de lavagem de dinheiro comprovado por um auditor-fiscal leve a polícia a desvendar outros delitos como contrabando de armas e tráfico de drogas. A audiência com o secretário de Segurança de Minas Gerais faz parte de uma seqüência de reuniões que o Unafisco está realizando com governadores e secretários de estados. Já ocorreram audiências no Distrito Federal, Pará, Mato Grosso, Paraná, Alagoas e Rio de Janeiro. Os encontros são resultado de cartas enviadas, em janeiro último, para autoridades de todos os estados do país (veja no Quadro de Avisos do site do Unafisco). Nos documentos, o Unafisco destacou, entre as inúmeras competências dos auditores-fiscais, o fato de cabe a eles coordenar e executar o controle e a fiscalização aduaneira em todo o território nacional. Carlos André ressaltou no texto: "Entendemos que, neste momento em que a sociedade exige um esforço nacional de combate à violência e ao crime organizado, não se pode olvidar o importante papel já desempenhado pela Secretaria da Receita Federal neste contexto e o quanto poderia ser incrementado com uma política de maior e melhor integração com outros órgãos públicos, não apenas, mas principalmente no que se refere às atividades de controle aduaneiro e fiscalização do comércio exterior".