Arrecadação federal tem números históricos

17 Abr 2007
Brasília - As empresas brasileiras estão lucrando mais, e isso contribuiu para que a arrecadação de receitas federais batesse novo recorde em março, atingindo R$ 33,601 bilhões. O valor representa crescimento real (descontando a inflação) de 11,78%. No acumulado do primeiro trimestre, a arrecadação subiu para R$ 102,768 bilhões, também recorde para o período, com alta real de 10,16%. Apesar desse desempenho, o secretário-adjunto da Receita, Carlos Alberto Barreto, afirma que o resultado está dentro do ´desejado´ e não permite medidas de reduções de impostos. Barreto argumenta que o novo cálculo de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que o elevou, reduziu a carga tributária. Além disso, as desonerações previstas para este ano representarão uma renúncia fiscal de R$ 6 bilhões. O Imposto de Renda (IR) - com R$ 12,684 bilhões - e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) - com R$ 7,398 bilhões - são os tributos mais representativos em volume. ´Tanto o setor financeiro quanto os demais setores da economia apresentaram lucros maiores e, portanto, um resultado melhor nas suas declarações de ajuste´, disse Barreto.O maior volume de importações também tem elevado a arrecadação. Somente no Imposto de Importação, houve um crescimento real de 26,9%, decorrente da elevação do valor em dólar dos produtos comprados no exterior. Em 2006, a arrecadação geral foi de R$ 392,542 bilhões, o maior valor já registrado.