Carga tributária do setor público fica acima de 33% do PIB, afirma
De BrasíliaA carga tributária do setor público, em 2005, deve ter sido pouco maior que 33% do Produto Interno Bruto (PIB), considerando a nova metodologia empregada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A informação foi dada ontem pelo coordenador-geral de Política Tributária da Receita Federal, Raimundo Eloi de Carvalho. Ainda neste mês, ele prometeu que serão divulgados os números oficiais do peso dos impostos e contribuições federais, estaduais e municipais do ano passado e no de 2005.Em 24 de agosto de 2006, a Receita Federal divulgou que União, Estados e municípios arrecadaram R$ 724,11 bilhões em 2005, o que fez com que a carga tributária batesse novo recorde, alcançando 37,37% do PIB. A parcela relativa à União foi de 26,18%, sendo 17,96% a parte da arrecadação federal e 5,60% a parcela da Previdência Social. Mas esses eram os números calculados com um PIB menor que o apurado pela nova metodologia do IBGE. Portanto, com um PIB maior, o peso dos tributos no ano de 2005 ficou menor que os 37,37% estimados anteriormente pela Receita Federal.Para o secretário adjunto da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, uma eventual desoneração tributária terá de esperar os efeitos concretos da política que o governo vem adotando nos últimos anos, retirando o peso de impostos e contribuições em alguns setores, priorizando o estímulo ao investimento.As palavras de Barreto indicam que eventuais reduções de impostos continuarão sendo focalizadas, o que exclui medidas horizontais que que possam beneficiar a todos os contribuintes. (AG)