Auditores criticam falta de participação na elaboração do regimento

20 Abr 2007
DS/Poços de CaldasEm manifesto encaminhado ao delegado da Receita Federal em Poços de Caldas, Flávio Vilela Campos, auditores-fiscais daquela DS fazem um alerta diante de princípios que estão sendo desrespeitados no processo de elaboração do regimento da Receita Federal do Brasil (RFB). No documento, que foi entregue na data da última Assembléia Nacional (12/4), os AFRFs destacam a posição de especialistas da área de recursos humanos acerca de uma reestruturação do porte da que ocorre hoje com a Receita Federal. Os auditores pontuam: “(Os estudiosos) asseveram que o sucesso das mudanças organizacionais depende, em grande parte, do envolvimento das pessoas no processo, devendo-se respeitar as diversidades de situações e lembrar que nem tudo que é menor é simples”. Diante do descumprimento dessa regra básica, os auditores asseveram que a busca por soluções “simples e rápidas”, aliada à falta de envolvimento das pessoas que deveriam fazer parte do processo, está fadada ao insucesso. O ideal, pontuam no documento, é fazer com que a mudança seja negociada com a base, de forma a criar uma identidade com as transformações propostas. “A mudança não é de alguns, é de todos e deve ser compartilhada”, afirmam. No manifesto, os auditores criticam a intenção de fundir seções das delegacias que têm competências bem específicas – Controle e Acompanhamento Tributário (Sacat) e Orientação e Análise Tributária (Saort); Programação e Logística (Sapol) e Tecnologia e Segurança da Informação (Satec). “Primeiramente, observa-se que uma mudança na estrutura das pontas, neste momento, é inoportuna em face da unificação com a Previdência, que por si só já é de grande impacto na organização e precisa de um prazo para análise e ajustes”, ressaltam. Ao final, os AFRFs pedem ao delegado Flávio Vilela Campos que encaminhe as considerações feitas no manifesto às instâncias decisórias da Receita Federal. Na oportunidade da entrega do documento, segundo relado da presidente da DS, Lígia Aparecida Pinheiro Diniz, o delegado se preocupou em explicar “que as bases do novo Regimento são técnicas e que tudo está sendo feito sob segredo para não haver ingerência política”.