Empregos formais crescem 91,15%
Número relativo a março é o maior desde 1992, início da série do Caged. São 146.141 novas vagasBrasília - O país registrou em março a maior geração de empregos formais (com carteira assinada) para o mês, desde 1992, início da série histórica do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O número de vagas formais cresceu 91,15% ante igual mês de 2006, alta atribuída pelo ministro do Trabalho, Carlos Lupi, ao bom desempenho da economia, à redução nos juros e a uma ´preparação´ do setor privado para a implantação de medidas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). No mês passado, foram criadas 146.141 novas vagas, um aumento de 0,52% no número de empregos no país. No primeiro trimestre do ano, foram abertos 399.628 postos, também o melhor desempenho desde 1992. Todos os setores econômicos apresentaram elevação no nível de emprego em março, com destaque para serviços e indústria de transformação. Lupi evitou anunciar uma projeção numérica para o resultado do Caged deste ano. No entanto, afirmou que ´espera que 2007 seja melhor ou muito próximo do saldo de 2004´, ano em que o Caged registrou a criação de 1,523 milhão de postos de trabalho na economia com carteira assinada. Para isso, Lupi insiste na liberação dos recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) que compõem a chamada Desvinculação de Recursos da União (DRU), cuja proposta de emenda constitucional prorrogando esse mecanismo já foi enviada ao Congresso. O ministro defende a utilização desses recursos em projetos de qualificação. Lupi disse, ainda, que confia na maior geração de empregos este ano, porque a tendência dos juros na economia continua sendo de queda. Ele evitou criticar o Banco Central por manter o ritmo de corte em 0,25 ponto percentual, mas disse que ´deseja, torce e apela´ para que os cortes sejam maiores a partir da próxima reunião.