Marinho promete corrigir distorções

30 Abr 2007
Mudanças da reforma na Previdência Social serão válidas para quem ingressar no mercado de trabalhoSão Paulo - O ministro da Previdência Social, Luiz Marinho, disse que as mudanças a serem feitas no setor serão apresentadas ao Congresso em setembro, após a finalização do Fórum Nacional da Previdência, e deverão valer apenas para as pessoas que ingressarem no mercado de trabalho. Segundo ele, a reforma será discutida a longo prazo e, num curto período, a idéia é ´corrigir aberrações ou distorções´ construídas ao longo do tempo.Como exemplos, Marinho voltou a citar pensões por morte e auxílios-doença. ´A reforma está sendo discutida no Fórum Nacional a longo prazo para resolver problemas de sustentabilidade da Previdência. Porém, as novas regras deverão valer para quem entrar no mercado de trabalho e não para quem já está no mercado, sob a ótica do cumprimento dos contratos´, afirmou. ´No curto prazo, vamos resolver problemas de gestão, combater fraudes e corrigir algumas aberrações e distorções que foram construídas ao longo do tempo´, reforçou, antes de participar da inauguração de uma nova agência em Santo Amaro, na zona Sul da capital paulista.Para o ministro, mulheres jovens e sem filhos que perdem os maridos poderiam ter direito a indenização. Ele insiste, entretanto, em debater a manutenção de um benefício vitalício para as viúvas. Outra distorção, classificada como ´flagrante´, está nos casos de auxílio-doença em que o funcionário afastado recebe benefício maior que o salário na ativa. Para o ministro, questões ´gritantes´ relativas aos militares foram resolvidas na reforma anterior.Marinho comentou ainda ter ficado chateado com a manifestação de aposentados, em Brasília, que impediram a saída do seu carro em protesto pelo aumento salarial de 3,03% concedido à categoria. Ele se disse aberto à discussão com entidades representativas de aposentados e se mostrou surpreso com o protesto. ´Achei estranho, mas não vou fazer um cavalo de batalha e continuo disposto a dialogar.´ Ressaltou também que a redução na taxa Selic possibilita diminuir juros máximos a serem cobrados na concessão do crédito consignado. O teto de 2,72% ao mês, prevê, poderá ter queda.