Lideranças se unem pela permanência da RF em Rio Grande

30 Abr 2007
O fechamento da delegacia da Receita Federal em Rio Grande e conseqüente subordinação à delegacia de Pelotas foi debatido ontem, no Café da Manhã do Varejo e Comunicação, ocorrido no salão nobre da Associação Comercial dos Varejistas. O tema foi abordado pelo auditor fiscal João Carlos Mello Nunes, representante da delegacia rio-grandina do Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Unafisco) e discutido por lideranças do Município e deputados Cláudio Diaz (PSDB), Sandro Oliveira (PMDB) e Adilson Troca (PSDB). Conforme João Carlos Mello Nunes, a delegacia rio-grandina da Receita Federal deverá ser transformada em Alfândega, passando a tratar exclusivamente das atividades aduaneiras do porto. Na parte dos tributos, Rio Grande deve ficar subordinado à delegacia de Pelotas. A medida faz parte da reorganização da estrutura da RF, promovida a partir da criação da Receita Federal do Brasil (Super-Receita). "A desculpa é que a medida visa a fortalecer a parte aduaneira", relatou Nunes. Apesar de a reestruturação estar prevista para ser publicada sexta-feira no Diário Oficial da União, Nunes diz que é válido continuar lutando. O deputado Adilson Troca contou ter feito contato com a Superintendência da Receita Federal em Porto Alegre, onde foi informado que a decisão já foi tomada. Mesmo assim, as lideranças empresariais e políticas resolveram lutar para reverter essa medida. O deputado federal Cláudio Diaz informou que, na próxima quinta-feira, a bancada gaúcha terá uma audiência na Receita Federal em Brasília para tratar do assunto. "Espero que possamos preservar a delegacia em Rio Grande da forma como ela está montada", observou Diaz. O deputado estadual Sandro Oliveira salientou ser inadmissível que no momento em que o Município está crescendo perca a delegacia da RF. O representante da Unafisco lembrou que, em Uruguaiana, essa transformação estava decidida e as lideranças de lá conseguiram reverter a situação. Segundo o vereador Cláudio Costa (PT), a bancada do seu partido também já foi contatada. No final, o presidente da Associação Comercial dos Varejistas, Pedro Arthur Valério, propôs a criação de uma comissão composta de lideranças políticas, entidades empresariais e sindicais, mais o Movimento de Trabalhadores para elaboração de um documento a ser encaminhado às autoridades que tratam do assunto. Caso não resolva, Valério sugere manifestação com fechamento da BR 392, trecho entre Rio Grande e Pelotas. Carmem Ziebell