Renúncia fiscal atingirá R$ 8,2 bi

09 Mai 2007
A desoneração tributária prevista no PAC será maior do que a anunciada pelo governo, chegando a R$ 8,2 bilhões este ano. Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a conta aumentou porque a Receita Federal deixará de arrecadar R$ 1,6 bilhão com a isenção do PIS e da Cofins sobre empreendimentos em infra-estrutura, como construção de prédios para o funcionamento de fábricas. Para 2008, o governo prevê abrir mão de R$ 2,8 bilhões em receitas, elevando a desoneração para R$ 14,2 bilhões. “Essa desoneração tem por objetivo baratear os investimentos produtivos”, afirmou. Além das isenções previstas no PAC, o governo está preparando uma série de medidas para ajudar os setores industriais mais prejudicados pelo baixo preço do dólar. A principal delas é reduzir os impostos que incidem sobre a folha de salários de segmentos que usam mão-de-obra intensiva, como o calçadista, o moveleiro, o têxtil e parte da indústria eletroeletrônica. “As medidas serão anunciadas nas próximas semanas”, prometeu. Ao fazer o balanço dos primeiros 100 dias do PAC, Mantega afirmou que, a despeito de quase metade das obras do PAC estarem com problemas, o programa atingiu sua principal meta: acelerar o ritmo de crescimento do país. “Todos os indicadores mostram que o país está crescendo a um ritmo de 4,5%, acima dos 3,7% de 2006”, destacou. Ele disse que o PAC ajudou a criar um clima de confiança, a ponto de os investimentos produtivos terem aumentado 10% nos primeiros meses deste ano e as vendas do comércio avançado 9,3% nos 12 meses terminados em fevereiro.