Campanha salarial: Unafisco e Fenafisp solicitam audiência com ministro da Fazenda
Seguindo decisão da reunião do Conselho de Delegados Sindicais (CDS) do Unafisco Sindical em 24 de abril e do Conselho de Representantes da Fenafisp em 15 de junho, na última sexta-feira o Unafisco e a Fenafisp protocolaram carta ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, solicitando audiência para tratar da campanha salarial de 2007 e encaminhando a Pauta Reivindicatória dos AFRFBs. Ressaltamos que a implantação da tabela de remuneração do plano de carreira – com a solução para o fosso salarial e a recuperação da paridade – é o principal objetivo da Campanha Salarial. Esclarecemos ao ministro que a mobilização de 2007 dá prosseguimento à mobilização dos dois últimos anos, pois as pautas reivindicatórias dos então AFRFs e AFPSs não foram atendidas em sua íntegra. Externamos a ele, também, o sentimento de insatisfação e de apreensão da categoria com a possibilidade de que os auditores sejam prejudicados em relação a outras carreiras de Estado. Em 2006 – Não foi por falta de tentativa de negociar seriamente que a categoria teve que ir à greve em 2006 para ter parte das suas reivindicações atendidas. Durante mais de cinco meses tentamos uma negociação com a Administração da então SRF, tendo havido duas reuniões que não foram, entretanto, profícuas. Houve também duas reuniões com o ministro Mantega. Na primeira, em 24 de maio de 2006, ele disse que ainda não tinha tomado conhecimento da pauta reivindicatória dos AFRFs e do Caderno de Subsídios, que tínhamos entregue à Administração em janeiro, e que as negociações seriam conduzidas pelo Ministério do Planejamento. Na segunda reunião, ocorrida em 5 de junho, ele afirmou que estava avocando para si a negociação e uma proposta foi feita pelo governo duas semanas depois – a qual foi insatisfatória, porém, após nova pressão da categoria, uma semana depois veio a MP 302 com o atendimento parcial das nossas reivindicações. O Unafisco Sindical e a Fenafisp estão, como fizemos em 2006, percorrendo os caminhos institucionais da negociação, no âmbito da SRFB e do Ministério da Fazenda. Embora justificado, o adiamento da reunião do dia 12 último com o secretário aprofunda a insatisfação da categoria, que não aceitará um tratamento discriminatório em relação a outras carreiras estratégicas do Estado. Esse sentimento, aliado à postergação de uma negociação efetiva durante meses, fez com que no ano passado os AFRFs fossem obrigados a utilizar o último recurso – a greve – para o atendimento dos seus pleitos. Agora, Unafisco e Fenafisp demandam dos representantes do governo a fixação urgente da reunião que permita uma solução negociada.