Fisco descobre 843 milhões de impostos em falta em Portugal
A Inspecção Tributária foi a área de intervenção prioritária da Administração Fiscal no ano passado e os resultados estão à vista. Nesta área, que é determinante no combate à fraude e evasão fiscal, o número de acções de fiscalização ficou 183% acima do previsto, as correcções à matéria colectável 142% e as correcções de impostos em falta tiveram uma taxa de realização de 130%.Os dados constam do relatório de actividades de 2006 da Direcção-geral de Impostos (DGCI), o último da responsabilidade de Paulo Macedo, que em Agosto deixará a liderança do Fisco para regressar ao BCP, e são inegavelmente positivos, adianta o «Diário Económico». Ainda assim, o desempenho não pode ser medido apenas pelo número de acções feitas (132.486), pelo montante das correcções à matéria colectável (3.004 milhões de euros) ou pelo valor do imposto em falta (843 milhões de euros). Isto porque o resultado destas acções pode não trazer automaticamente mais impostos para os cofres do Estado, caso os contribuintes levem a questão para tribunal.