Parlamentares questionam reservas de US$ 121,8 bilhões
O novo secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, apresentou ontem à Comissão Mista de Orçamento (CMO) dados sobre o comportamento da dívida pública nos primeiros quatro meses deste ano, ponderando que os números "são bons" e estão dentro das previsões do governo. No entanto, parlamentares questionaram a necessidade de se manter reservas internacionais no Banco Central da ordem de US$ 121,8 bilhões.O deputado Gilmar Machado (PT-MG), ex-presidente da CMO, perguntou se não seria mais interessante ao país usar parte das reservas em dólares para bancar investimentos. Em resposta, o secretário disse que essa é uma decisão que cabe ao presidente da República e ao seu ministro da Fazenda. Não é a primeira vez que autoridades da área econômica ouvem de parlamentares propostas sobre o gasto das reservas.Augustin compareceu ao Congresso atendendo a determinação da Lei de Responsabilidade Fiscal. Segundo ele, no primeiro quadrimestre o governo conseguiu um superávit de R$ 35,6 bilhões, o que equivale a 50,1% da meta para todo o ano, de R$ 71,1 bilhões – meta para o governo federal e suas estatais. A dívida pública mobiliária interna subiu mais R$ 57,9 bilhões, chegando a R$ 1,13 trilhão no final de abril. O secretário do Tesouro previu que o governo continuará com a política de superávit primário para pagamento de juros, o que "mantém o círculo virtuoso da queda de juros" e de aumento da confiança dos investidores.