Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, é contra a divisão do montante arrecadado com a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) com estados e municípios e contra a redução da alíquota da contribuição provisória neste momento. O ministro afirmou na semana passada que o governo federal nunca alocou tantos recursos como vem fazendo agora, no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). ´Mas para ter esta margem de manobra não dá para dividir duas vezes´, disse Mantega. Além disso, afirmou, a repartição da CPMF levaria à desativação de programas da União com os estados e municípios.Mantega garante que o Tesouro vem discutindo o aumento do limite de endividamento dos estados para possibilitar novos investimentos. Ele admitiu a existência de defeitos no sistema tributário, mas defendeu uma redução de carga ´de forma eficiente´. Acrescentou que não é possível uma desativação de forma irracional e que é necessária uma estratégia de desenvolvimento. ´Se me perguntarem se prefiro reduzir a CPMF ou a folha de pagamento, prefiro reduzir a folha´, declarou ainda o ministro. No entanto, disse que os estudos para desoneração da folha de pagamento não estão maduros e que não há data para que a proposta chegue ao Congresso.