Brasília - Governo e centrais sindicais não se entendem sobre projeções para o déficit do INSS. Especialistas das centrais contestam cálculos do governo e afirmam que o crescimento anual médio do país projetado nos próximos 40 anos é muito inferior à média histórica. O secretário da Previdência Social, Helmut Schwarzer, prevê elevação do rombo no INSS de 1,8% do PIB deste ano para 5,16% do PIB em 2050. Essa realidade, segundo Schwarzer, não seria alterada apenas com a inclusão de mais trabalhadores no sistema previdenciário, ao contrário do que acreditam as centrais sindicais. Mesmo que a formalização da mão-de-obra aumente 1,1% ao ano, o déficit só melhoraria no curto e no médio prazo, mas pioraria no longo prazo. ´A inclusão é um imperativo ético, mas não resolve o problema´, destacou o secretário. No cenário básico do Ministério da Previdência, o Brasil crescerá 3,5% a partir de 2011 até 1,49% em 2050.