O secretário executivo do Comitê Gestor do Simples Nacional, Silas Santiago, admitiu ontem que alguns setores podem ter maior carga tributária com o novo regime.Pequenos e microempresários têm até o dia 15 de agosto para decidir se vão aderir ao Simples Nacional, conhecido como Supersimples - um sistema que unificará nove impostos e contribuições. Segundo Santiago, pequenas e microempresas como salões de beleza e borracharias vão pagar mais tributos pelo novo sistema, porque foram enquadrados erroneamente numa tabela de alíquotas mais alta. O secretário disse que já existe acordo entre governo e Congresso para que um projeto de lei seja votado ainda neste mês corrigindo o problema. No entanto, é possível que a primeira parcela do Simples dessas empresas acabe sendo paga com valor mais alto, pois a lei pode não ser mudada em tempo.O número de empresas que já aderiram ao Simples Nacional chega a 2,8 milhões - 47% maior que o esperado inicialmente pelo governo, de 1,9 milhão. Embora tenha surpreendido, Santiago avaliou que o resultado pode ser explicado pelo fato de o novo regime incluir alguns setores, como o da construção civil, que não estavam no Simples Federal, e também pela confiança das empresas.Mesmo assim, o secretário afirmou que o prazo para adesão ao Simples Nacional foi prorrogado porque muitos empresários ainda tinham dúvidas. Houve congestionamento nas unidades da Receita Federal em busca de mais detalhes, comentou. Diante disso, o prazo para adesão passou de ontem para 15 de agosto. O comitê também deu mais tempo para que as empresas que querem ingressar no Simples Nacional solicitem parcelamento especial de seus débitos tributários vencidos até janeiro de 2006 em 120 meses. A data final também será o dia 15. Quem pode aderir Microempresas com receita bruta anual de até R$ 240 mil, e empresas de pequeno porte com receita bruta anual de até R$ 2,4 milhões