Cerimônia marca posse da diretoria em Brasília
A diretoria eleita para o biênio 2007/2009 do Unafisco Sindical tomou posse oficialmente ontem (7/8) em cerimônia realizada em Brasília. Centenas de convidados entre Auditores-Fiscais, autoridades de governo, parlamentares e representantes de outras entidades sindicais prestigiaram o evento. O presidente eleito, Pedro Delarue, ressaltou em seu discurso de posse, entre outros assuntos, a responsabilidade, o desafio e a importância de assumir a direção do Unafisco. Ele lembrou que, muito embora a Receita Federal do Brasil (RFB) atravesse um processo de consolidação da fusão dos Fiscos, é preciso fazê-la funcionar da melhor forma possível, apesar dos desarranjos e perplexidades ocasionados pela fusão. Delarue falou também sobre questões importantes para os Auditores-Fiscais como o fosso, a paridade, a campanha salarial, a Aduana e a Lei Orgânica dos Fiscos.De acordo com o presidente, a estrutura da tabela remuneratória da carreira de Auditoria se encontra hoje com uma silhueta esdrúxula, que se traduz, entre outras distorções, no chamado fosso salarial. “É necessário e urgente um rearranjo com a criação de uma nova estrutura de carreira”, discursou. Com relação à paridade, Pedro Delarue reiterou que não se podem mudar as regras do jogo pelo meio do caminho porque além de inconstitucional, é injusto. Segundo ele, “quebrar um pacto, descumprir o pactuado, atacando quem já não pode se defender com o mesmo vigor de outrora, significa quebrar, também, o senso comum de Justiça. E as razões de governo não podem se sobrepor à Justiça”. Ao abordar o tema da campanha salarial 2007/2008 em seu discurso de posse, Pedro Delarue disse que a questão da remuneração é emergencial. “Sabemos que a Receita Federal do Brasil é considerada, nos círculos governamentais, a máquina mais eficiente do governo. E, de fato, somos muito eficientes. Há anos garantimos os recordes de arrecadação que permitem ao governo fazer frente aos seus compromissos. O presidente ressaltou que não é apenas na arrecadação que a classe tem mostrado eficiência, mas também pelo combate à evasão de divisas, à lavagem de dinheiro, à fraude e à sonegação fiscal. “Boa parte das operações que têm chegado a esquemas de fraude e corrupção começou e se desenvolveu dentro da Receita Federal do Brasil”, lembrou. Pedro Delarue também abordou a importância da Aduana para o país. De acordo com o presidente, “não conhecemos nenhuma nação no mundo que não tenha fiscalização aduaneira, para controlar o fluxo do comércio exterior e para defender a indústria e o comércio nacionais. Sem Aduana, portanto, não existe soberania nacional.” Quanto à Lei Orgânica dos Fiscos, o presidente do Unafisco Sindical afirmou que os Auditores-Fiscais querem ver restituída a sua condição de Autoridades de Estado. Para ele, já que os Poderes Executivo e Legislativo reconhecem a necessidade e a importância de existir uma Lei Orgânica para a Fiscalização Federal, cabe aos Auditores-Fiscais cuidarem para que ela seja, de fato, um instrumento que garanta uma fiscalização em prol da sociedade e na defesa do Estado. Pedro Delarue encerrou seu discurso na solenidade de posse afirmando que não faltarão empenho e dedicação na direção do Unafisco em defesa dos melhores interesses dos Auditores-Fiscais e da Receita Federal do Brasil.