Entrevista - Silas Santiago

14 Ago 2007
´É supercomplicado mesmo porque o sistema tributário é complexo´ Responsável pela implantação da maior mudança tributária do País nos últimos anos, o secretário-executivo do Comitê Gestor do Simples Nacional, Silas Santiago, não estranha o apelido de ´supercomplicado´ que o sistema ganhou. Em entrevista ao Estado, ele diz que o Super-Simples não é perfeito e vai precisar de ajustes legais no próximo ano.É injusto o apelido?Não estranho porque o sistema tributário é complexo. O que o Simples se propõe é descomplicar pela tecnologia.Mas o contribuinte está encontrando grande dificuldade.Isso é inerente a todo início de processo. Ainda mais num regime com essa complexidade. A própria Receita Federal não queria que o Simples Nacional se iniciasse em 1º de julho. O ideal era começar em 2008.Houve precipitação?A precipitação foi legal. Quando se tem uma lei complementar a cumprir, se coloca o pé no acelerador.Ajustes serão necessários?Esse ajuste virá. Eu tenho certeza de que, se alguma distorção foi percebida, é claro que os congressistas vão corrigi-la.O Super-Simples não poderia ter sido simples?Seria muito fácil se todo mundo pagasse 5%. Mas quem teria que pagar 2% seria penalizado. E quem teria que pagar 8% seria beneficiado. Os formuladores da lei complicaram para trazer justiça para cada setor. Silas Santiago - Secretário-executivo do Comitê do Simples Nacional