Carga tributária paga pelo brasileiro volta a bater recorde

22 Ago 2007
A carga tributária - relação entre o total de impostos e contribuições pagos por pessoas físicas e jurídicas em proporção ao Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de riquezas geradas pelo país) - subiu mais uma vez no ano passado. A informação é da Receita Federal. O órgão anunciou ontem que a carga de impostos fechou em 34,23% do PIB no ano passado - alta de 0,85 ponto percentual sobre 2005. O dado - o mais alto da história - inclui os tributos recolhidos pelos Fiscos federal, estaduais e municipais e Previdência. Segundo a Receita, não houve avanço do Estado sobre o bolso do cidadão, mas crescimento do mercado de trabalho, somado ao aquecimento da economia e do consumo. Isso teria gerado a ampliação do recolhimento. Empresários e economistas apontam os impostos altos e a desorganização tributária do país como um dos maiores entraves ao crescimento. Considerando-se só a receita administrada pela União, a carga tributária foi de 23,75% no ano passado, 0,5 ponto percentual superior à de 2005. No mês passado, a arrecadação foi a maior registrada em um mês de julho: R$ 50 bilhões - crescimento real (descontada a inflação) de 12,16%. O fato tem sido uma constante, o que explica os R$ 332,83 bilhões dos sete primeiros meses, também recorde. Levando em conta a inflação do período, o valor chega a R$ 335,606 bilhões - crescimento real de 10,34% Sem levar em conta a receita previdenciária, o Imposto de Renda e a Cofins são os mais representativos em volume, R$ 12,75 bilhões e R$ 8,36 bilhões. Outro destaque foi o Imposto sobre Produtos Industrializados.