Yeda assina com WTorre acordo de duplicação da obra, que receberá um investimento de R$ 439 milhões. Conclusão está prevista para 2008O município de Rio Grande terá o maior complexo naval do Brasil e o maior dique seco do hemisfério Sul, anunciou ontem à governadora Yeda Crusius o presidente da WTorre ERG Empreendimentos Navais, Walter Torre Júnior, durante apresentação do projeto de duplicação, aprovado em julho pela diretoria administrativa da Petrobras. A nova obra, já em execução, elevará o investimento original de R$ 222 milhões para R$ 439 milhões. No pico dos trabalhos, serão gerados 10 mil empregos. Torre anunciou o começo da construção de 3 mil moradias na região, em 60 e 90 dias, pela empresa WTorre Urbanismo. O projeto prevê um total de 8 mil casas para abrigar os trabalhadores.Quando estiver concluída a duplicação, em agosto de 2008, o Dique Seco permitirá a construção simultânea de até três plataformas marítimas de exploração de petróleo e gás. Poderão ser realizados, também, reparos de cascos de navios FPSO - isso ocorreu em Cingapura com o casco do navio Settebelo, da plataforma P-53. No dique do Estaleiro Rio Grande, controlado pela WTorre, será construído o casco da futura plataforma da Petrobras, P-55, atualmente em fase de licitação. Com as novas dimensões, o dique terá 350 metros de comprimento, além de 160 metros de largura e 16 metros de profundidade. Antes o comprimento era de 140 metros. Segundo Torre, a duplicação do dique é exigência do edital de licitação da P-55. ´Teremos uma fábrica de plataformas. Os grandes players mundiais da construção naval passarão a olhar para o Dique Seco. A fisionomia da economia Metade Sul mudará radicalmente, pois estamos ultrapassando as metas acordadas com o governo do Estado´, afirmou ele. As 3 mil moradias iniciais, que serão construídas na praia do Cassino, têm o objetivo de evitar a inflação dos preços dos imóveis decorrente da grande demanda. As casas se destinam aos trabalhadores e aos moradores, disse o empresário.As obras do Dique Seco ocorrem dentro de uma área de 55 hectares no Superporto, com acesso ao mar, em frente ao canal. As máquinas já executam os trabalhos, que podem ser observados da BR 392, a Estrada da Barra. Dos R$ 449 milhões do custo, a Rio Bravo Investimentos, empresa contratada pela Petrobras, aplicará R$ 340 milhões. A diferença é a parte do Estaleiro Rio Grande. Por dez anos, a fábrica de plataformas estará locada para uso exclusivo da Petrobras. ´O empreendimento é revolucionário para o desenvolvimento do Estado´, avaliou o secretário da Fazenda, Aod Cunha. Yeda e Torre assinaram termo de acordo relativo à duplicação.