Aposentado comenta situação da carreira

03 Set 2007
O colega auditor-fiscal aposentado Carlos Eduardo Légori enviou e-mail ao secretário de Aposentadoria, Proventos e Pensões da DS/Porto Alegre, Sérgio Vasconcellos Horn, tecendo elogios à iniciativa da Delegacia Sindical em manter contato direto com os aposentados, ouvindo deles as expectativas em relação ao futuro e diagnosticando difuculdades e problemas. No e-mail, reproduzido abaixo, Légori amplia as considerações, manifestando a sua opinião sobre vários assuntos. Leia o teor do e-mail: "Dentre tantas coisas que me preocupam - e imagino devam preocupar toda a nossa categoria -, vou distinguir duas, pela relevância que parecem ter na comparação com as demais. A primeira delas: o associativismo, seja qual for a forma que assuma (cooperativismo, sindicalismo, partidarismo político, ONGuismo...) sempre será a renúncia a uma parte do pessoal em favor do bem coletivo. Não é uma renúncia romanticamente desinteressada, mas os que fazem esta escolha devem optar conscientemente por criar uma poupança para o futuro, abrindo mão de um hipotético bem-estar pessoal imediato para lutar em conjunto por aquele que poderá ser obtido amanhã - não individualmente, mas através da promoção de toda uma categoria. Assim, qualquer postura individualista é absolutamente INCOMPATÍVEL com o movimento associativista, devendo ser banidos dos cargos de representação de qualquer associação - e eu falo de mandatos permanentes e de mandatos temporários - aqueles que não conseguirem adotar uma postura decisiva a favor do bem-estar coletivo, pela renúncia a estes cânceres sociais que são a auto-promoção, a obtenção de vantagens pessoais não extensivas a todo o grupo associado, a ascensão pessoal pela escalada por sobre os seus iguais - isto, abordando apenas os desvios éticos, para não falar dos desvios da legalidade. Resumindo, não podemos compactuar com posturas deste tipo, e seus portadores devem ser sistematicamente expostos à reprovação da categoria. É ingênuo pensar que possam somar; no máximo, desde que se resignem, podem servir para compor - e apenas no seu sentido matemático - o número global representativo do poder-de-fogo do grupo. A segunda: vivi, neste mandato na DSPA de 2005 a 2007, o desprazer de ver colegas ignorando os dilemas que nossas lideranças sindicais enfrentavam quando, maquiavelicamente, a administração pública colocava, na rota de decisão daquelas lideranças, opções incontornáveis entre interesses de ativos e de aposentados, de AFRF antigos e de novos AFRF, de chefes e não-chefes, e tantas outras armadilhas criadas para enfraquecer as nossas lideranças e fazer prosperar a discórdia no movimento sindicalista. Estes colegas, pela sua incapacidade de enxergarem esta estratégia, precisam ser esclarecidos com a máxima clareza sobre o fato. Caso contrário, certamente persistirão em acusar indevidamente as nossas lideranças de concederem prioridade às causas de alguns em desfavor daquelas dos demais."