Faces críticas expostas na Bienal

10 Set 2007
A 6ª Bienal do Mercosul foi um programa para muitas pessoas que não viajaram no feriado. No Cais, houve, novamente, filas para entrar em alguns módulos. Algumas obras permitem uma leitura crítica em relação à política internacional ou à história. Entre as obras mais chocantes desta Bienal, está ´A guerra americana´, uma sala em que o artista norte-americano Harrell Fletcher expõe fotografias tiradas do museu da guerra do Vietnã, no próprio Vietnã. As imagens mostram pessoas mutiladas e feridas ou subjugadas por militares. ´É como se ele fizesse o museu da Guerra do Vietnã circular pelo mundo. Fletcher já expôs esta mesma obra em vários locais dos EUA´, explica Moacir dos Anjos, curador da mostra Zona Franca. Fletcher nasceu em Santa Maria, Califórnia (EUA). Vive e trabalha em Portland, Oregon. Trabalhos em uma série de projetos engajados socialmente fazem parte de sua trajetória. Um artista que aborda a questão dos EUA como uma ´polícia do mundo´ é a instalação ´A Lot(e)´, do brasileiro Nelson Leirner, com um super-homem e vários bonecos de personagens de quadrinhos ou figuras religiosas e que questiona o poder simbólico da cultura para as massas.