Mobilização: 23/10 é prazo final para as negociações
Muitos colegas questionaram porque a DEN acordou com o governo um prazo de 40 dias para concluir a negociação acerca do reajuste remuneratório para os Auditores-Fiscais.É necessário ressaltar que inicialmente o MPOG não queria determinar um prazo para o final dos entendimentos. Por iniciativa e pressão do Unafisco, esse prazo foi fixado em 40 dias. Para a fixação da data, levamos em consideração que uma negociação não se dá em apenas um momento. Há idas e vindas, propostas e contrapropostas. É um processo que exige tempo e paciência. Deve ser estabelecido um prazo em que seja possível exaurir o processo de negociação, evitando-se precipitações. Paralelamente, correrá o tempo para a adequada e necessária mobilização dos Auditores-Fiscais, com duas finalidades: mostrar aos interlocutores a nossa disposição para chegar às últimas conseqüências na defesa da nossa reivindicação e preparar a categoria para o enfrentamento, se ele for necessário. Há uma enorme gama de ações que deverão ser desencadeadas nos próximos 40 dias, como a conscientização de todos, inclusive daqueles que exercem cargos de chefias, a organização dos comandos de mobilização e o preparo de ações judiciais visando a garantir o movimento. Culminando toda a organização, será realizada uma plenária nacional, a realizar-se em 22 e 23 de outubro, cujo objetivo é finalizar o preparo da mobilização, deliberar sobre a necessidade de deflagração de greve e organizar a sua formatação nos diversos setores de trabalho. A realização desta segunda plenária foi prevista na plenária ocorrida em 04 e 05/09 e será submetida à categoria na assembléia nacional da próxima quinta-feira. É na plenária de mobilização que será lida a proposta final do governo, cujo prazo se encerra em 23/10. Até lá estaremos plenamente preparados para entrar em um movimento grevista, que desejamos que não seja necessário ocorrer. Na reunião do MPOG, o Unafisco alertou que, apesar de não desejar a paralisação, estará preparado para ela. O governo foi avisado da realização da plenária e também que o estabelecimento do prazo de 40 dias era uma demonstração da enorme boa-vontade da categoria em encontrar uma solução negociada que restabeleça o patamar de importância e essencialidade da nossa carreira para o Estado brasileiro. Conforme o andamento das negociações, antes mesmo de 23/10 os Auditores-Fiscais poderão sinalizar com paralisações de advertência, o que será decidido na assembléia já prevista para 02/10. A DEN lembra que tomou posse no dia 01/08. Naquela data, o Unafisco não tinha nenhuma campanha salarial deflagrada. Ao longo dos primeiros dias de gestão, buscamos abrir um canal de efetiva negociação. O resultado desse esforço apareceu no dia 27/08, quando as negociações foram abertas de forma oficial. É preciso lembrar também que outras carreiras iniciaram esse processo há muito mais tempo. A Polícia Federal, por exemplo, negociou por mais de um ano. As carreiras jurídicas estão em fase de conclusão de negociação, mas ela se iniciou há pelo menos seis meses. O presidente do Unafisco, Pedro Delarue, afirma que “o governo e a administração da RFB não poderão reclamar se, ao final dos 40 dias, a Classe for obrigada a usar de todos os meios disponíveis para reclamar os seus direitos. Se a arrecadação, o PIB do último trimestre e as importações de natal ficarem prejudicados, não será por culpa dos Auditores-Fiscais, mas pela insensibilidade do próprio governo. Nosso limite está claramente colocado: 23 de outubro”. A DEN está negociando, mas cuidará da mobilização dos Auditores-Fiscais ao longo do tempo que durar a negociação. E se, por culpa do governo, uma greve contundente ocorrer, será após haverem sido esgotados todos os demais recursos.