Ortiz na rota da civilização maiaAirton
Ortiz autografa hoje, às 20h, no Theatro São Pedro (Praça Marechal Deodoro, s/nº, 3227-5100), o que ele mesmo qualifica como "uma viagem ao passado que levou ao futuro". Em Busca do Mundo Maia (Record, 248 páginas, R$ 32), novo livro do jornalista especializado em literatura de viagens e aventura, relata uma expedição pelos locais em que floresceu a civilização pré-colombiana.A pesquisa e a viagem despertaram em Ortiz a noção, declarada no livro, de que os fatores que levaram ao colapso dos avançados Maias - que já tinham cidades, uma arquitetura monumental e observatórios astronômicos quando a Europa amargava a Idade Média - são as mesmas que põem em risco o mundo de hoje.- O declínio dos Maias ocorreu 500 anos antes da chegada dos europeus, não pode ser atribuído aos conquistadores, como no caso de Incas ou Astecas. O que levou ao fim dos Maias foi que, com a monocultura do milho e o desmatamento para produção de gesso, eles exauriram o ambiente em que viviam - relata. A sessão de autógrafos no São Pedro será precedida, às 19h, por uma apresentação audiovisual sobre a viagem relatada no livro. Em Busca do Mundo Maia segue a mudança de proposta adotada por Ortiz em seu livros desde Na Trilha da Humanidade, de 2006. Pioneiro no Brasil do gênero relato de aventuras (forte na Europa e nos Estados Unidos, mas engatinhando por aqui), Ortiz não vai mais a um único país, mas segue um tema, cruzando fronteiras com ele. Para traçar a rota da civilização Maia, ele passou por Nicarágua, Honduras, Guatemala, Belize e México.