Tempo de contribuição pode ser ampliado
Proposta será incluída no projeto de reforma da PrevidênciaO ministro da Previdência, Luiz Marinho, disse ontem, em São Paulo, que o aumento no tempo de contribuição para a aposentadoria será incluído no projeto de reforma previdenciária que o governo prepara. A mudança entrará no texto mesmo se não for consenso entre os participantes do Fórum Nacional da Previdência Social, que desde fevereiro discute os temas da reforma. Atualmente, para se aposentar por tempo de contribuição, é preciso pagar o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por 35 anos (homens) ou 30 anos (mulheres). O ministro não quis dizer para quanto subirá o tempo de contribuição e afirmou que o projeto será apresentado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva no próximo mês, antes de seguir para o Congresso.O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique, é contra o aumento no tempo de contribuição ao INSS: - Se o governo incluir essa alteração, vamos até o Congresso para derrubá-la.O governo ainda é favorável à substituição do fator previdenciário, índice redutor dos benefícios, pela criação de uma idade mínima.Marinho também avaliou como positivo o primeiro balanço do plano de ações prioritárias do INSS. Lançado em agosto, a finalidade é zerar a fila de processos, qualificar servidores e esclarecer os segurados.Metade dos processos parados foi analisadaDe acordo com dados do ministério, em 36 dias, 51% dos 353 mil processos represados já foram analisados, dos quais 38% resultaram em benefícios concedidos e 62% em indeferimento. Outros 21 mil documentos verificados no período referiam-se a recursos e revisões.Saiba mais O resultado do plano de ações prioritárias do INSS, divulgado pelo Ministério da Previdência, mostra que 43% das agências têm cumprido a meta de até 30 dias para agendar atendimento para a concessão de aposentadoria. A média nacional antes do plano era de 68 dias. Em relação a pedidos de pensão, após o atendimento, o tempo médio para concessão chega a 49 dias.