DS/Santos entrega abaixo-assinado a administradores

05 Out 2007
Com mais de 85% da assinatura dos Auditores-Fiscais de Santos, o abaixo-assinado solicitando o apoio dos administradores locais à Campanha Salarial da Classe foi entregue pela DS/Santos ao inspetor da Alfândega, José Guilherme A. de Vasconcelos, durante a Assembléia Nacional realizada na última terça-feira (2/10). A assembléia naquela localidade contou com a participação do presidente da DEN (Diretoria Executiva Nacional), Pedro Delarue.O documento foi subscrito por cerca de 170 colegas e expressa confiança no instrumento da negociação, sinalizando a confiança que os Auditores-Fiscais de Santos têm de que a Classe pode atingir seus pleitos por essa via. “Como demonstração de nossa enorme boa vontade e de que não queremos utilizar quaisquer outras medidas, fixamos o prazo de 40 dias para as negociações, tempo considerável e suficiente para as idas e vindas dessa fase”, apontam os Auditores-Fiscais que subscrevem o documento. Após recebê-lo, o inspetor prontificou-se a defender os pleitos da Classe na reunião dos administradores da qual participará ainda nesta semana, em Brasília. Delarue destacou no encontro que a DEN vem buscando esgotar todas as vias de negociação antes de falar em paralisação e disse estar consciente de que na zona primária, essencialmente no Porto de Santos, o maior do país, uma greve representará um sacrifício muito grande. Ele considera, contudo, o instrumento legítimo. “Temos de lutar para permanecer na primeira divisão do serviço público", defendeu.O abaixo-assinado dirigido também ao delegado da DRF de Santos, Carlos Vinício Nacif, salienta que “diversas carreiras típicas de Estado não utilizaram o expediente da greve, porque, entre outras razões, tiveram interlocutores que conseguiram construir um diálogo eficiente que redundou nas conquistas almejadas”. Para o presidente da DS/Santos, Wellington Clemente Feijó, “hoje, o que nos dá respaldo para a negociação é a greve. Será que estamos fadados a viver isso a cada ano? Se a categoria é capaz de se mobilizar sempre para fazer greve, também pode ser organizada para eleger parlamentares em todo país e termos uma bancada no Congresso Nacional. Afinal, vivemos em um Estado Democrático de Direito, onde a negociação deve ser respaldada na correlação de forças entre Executivo e Legislativo”.