Simples Gaúcho volta à mesa de negociação

10 Out 2007
Uma reunião, amanhã, no Piratini, entre o Chefe da Casa Civil, Luiz Fernando Záchia, o secretário estadual da Fazenda, Aod Cunha, e a diretoria do Sindicato da Hotelaria e Gastronomia de Porto Alegre terá como foco o retorno do Simples Gaúcho, reivindicado pela entidade. Para o sindicato, o encontro proposto pelo governo resultou da mobilização do setor, ontem à tarde, na Assembléia Legislativa, pela votação do requerimento do deputado Ronaldo Zülke (PT), que colocaria o projeto de retorno do Simples Gaúcho em pauta. Com a possibilidade de negociação, a votação do requerimento foi transferida para a próxima terça-feira. O projeto do petista preserva a isenção para empresas com receita bruta de até R$ 240 mil, já prevista em plano apresentado pelo governo do Estado, e propõe alíquota progressiva de 2,9% para empreendimentos cujo faturamento se enquadrem na faixa entre R$ 240 mil a R$ 2,4 milhões. O projeto reflete em 500 mil empreendimentos gaúchos. Conforme cálculos apresentados por Zülke, uma empresa com faturamento anual de R$ 300 mil pagava R$ 1,2 mil de ICMS com o Simples Gaúcho. Agora, a contribuição chega a R$ 6,9 mil.Para o presidente do sindicato, Daniel Antoniolli, o convite do governo sinaliza o entendimento de que as perdas com o setor foram duplamente pesadas. ´Ao incluir no seu pacote benefícios para micro e pequenas empresas que faturam apenas 240 mil ao ano, a governadora (Yeda Crusius) excluiu cerca de 90% das empresas do nosso setor.´ Ele avalia que a repercussão nos preços será imediata, elevando gastos com alimentação de milhares de consumidores que fazem suas refeições fora de casa.