As entidades que integram o Fórum das Carreiras Típicas de Estado, entre elas o SINAIT, reuniram-se ontem na sede da Associação dos Magistrados Brasileiros, em Brasília, para discutir a criação de uma unidade nos moldes de Central Sindical que defenda os interesses dos servidores públicos federais respeitando o núcleo estratégico do Estado.Na abertura dos trabalhos, a presidente do SINAIT, Rosa Maria, explicou a todos os últimos acontecimentos sobre o chamado Caso Pagrisa, em que o Grupo Móvel de Fiscalização, constatou a exploração de trabalhadores e que gerou polêmica entre alguns parlamentares que decidiram defender a empresa, questionando o trabalho da Auditoria Fiscal do Trabalho. A reação dos parlamentares e empresários levou os AFTs à indignação, o que culminou com a suspensão dos trabalhos do Grupo. A presidente pediu o apoio do Fórum neste momento delicado, no que foi prontamente atendida.Recentemente, o deputado Arnaldo Faria de Sá, a pedido do Fórum, apresentou emenda ao PL 1.528/07, que estabelecia critérios para a criação de central sindical dos servidores públicos. A emenda, no entanto, não foi acatada pelo relator da matéria na CTASP, deputado Vicentinho (PT/SP). O desembargador Aymoré de Mello, coordenador do Fórum, destacou que “Os servidores públicos não se sentem representados pelas centrais já configuradas”.Na reunião foi levantada a necessidade de um trabalho parlamentar intenso, para que a central dos servidores públicos seja reconhecida e aceita entre os parlamentares.O deputado Federal e fiscal de tributos estaduais, João Eduardo Dado (PDT/SP), frisou a importância das carreiras se unirem. Segundo ele, a organização das entidades permitirá esse avanço. “Precisamos exercer nosso poder político, pois se ficarmos fora dele, estaremos à mercê de pressões políticas exercidas sobre o nosso patrão, que é o governo”. Para o assessor da Secretaria de Relações do Trabalho, Herval Lacerda Alves, o processo de criação de uma nova central, após a aprovação do PL 1.528/07, que reconhece as Centrais Sindicais já existentes, será muito difícil. Além disso,de acordo com o assessor, os pré-requisitos exigidos para o registro de uma central de trabalhadores são muito rigorosos. Herval pediu que as sugestões do Fórum fossem encaminhadas ao MTE, mas destacou que a decisão final será do Legislativo, que é quem vota as proposições encaminhadas pelo Executivo. Outro parlamentar convidado para participar da reunião, o deputado Paulinho da Força, foi representado por um de seus assessores. Em relação a isso, a presidente do SINAIT lamentou a ausência deste parlamentar, que é presidente de uma das maiores centrais sindicais do País, a Força Sindical, e que poderia ajudar as entidades a viabilizarem a união das carreiras típicas nos moldes das centrais sindicais, hoje existentes.