Rumos do movimento só dependem do Governo
Durante os 40 dias de negociação previstos no acordo com o Governo, o Unafisco tem buscado esgotar todas as possibilidades de interlocução. Todos os canais estão abertos: com o ministro da Fazenda, Guido Mantega; com o secretário da RFB (Receita Federal do Brasil), Jorge Rachid; e com o secretário de Recursos Humanos do MPOG (Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão), Duvanier Paiva.Estamos dialogando como nunca e até o último minuto confiaremos que as autoridades governamentais saberão reconhecer a excelência do nosso trabalho, traduzido nos recordes de arrecadação, que são devidos ao constante aumento de eficiência da RFB.Mas o Governo pode ter a certeza de que, apesar de demonstrarem toda essa disposição para a negociação e o entendimento, os Auditores-Fiscais não aceitarão passar à segunda divisão do serviço público. Apesar de não desejarmos a greve, não hesitaremos em utilizar esse último recurso, se isso se mostrar indispensável.Faltam oito dias para o Governo apresentar uma proposta que demonstre a valorização da Classe e o reconhecimento do trabalho desenvolvido pelos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil. Lembramos que, além de estabelecer um novo patamar de remuneração, é necessário também que no decorrer dos próximos dias sejam buscadas soluções para resolver pendências como o fosso salarial, a restituição da paridade entre ativos e aposentados e a incorporação de gratificações ao vencimento.Os próximos oito dias serão fundamentais e a Classe dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil estará acompanhando com profunda atenção os desdobramentos da negociação. Os rumos do nosso movimento reivindicatório, e suas conseqüências, dependerão exclusivamente das atitudes do Governo.