Proposta para garantir prorrogação foi apresentada à oposição pelo líder do governo, Romero JucáBrasília - Para garantir a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) até 2011, o governo federal poderá isentar da cobrança do imposto do cheque quem ganha até R$ 1,7 mil, o mesmo rendimento dos isentos do recolhimento do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF). A exclusão da cobrança valeria para quem tem duas contas bancárias - uma delas sendo poupança. A proposta foi feita ontem pelo líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), à oposição, durante reunião com o presidente interino do Senado, Tião Viana. Participaram do encontro o presidente em exercício da República, José Alencar,e os ministros José Gomes Temporão (Saúde) e Walfrido dos Mares Guia (Relações Institucionais). O senador José Sarney (PMDB-AP) ainda tentou melhorar a proposta de Jucá, elevando o valor para R$ 2.000,00. Mares Guia defendeu como ´plausível´ a isenção para quem ganha até R$ 1,2 mil. Nenhuma proposta, no entanto, tem o aval do governo, mas Alencar prometeu levá-las para discussão com a equipe econômica. A preocupação do governo é garantir que o Senado não altere a proposta da CPMF, que mantém a alíquota em 0,38%, aprovada pelos deputados. Qualquer mudança forçaria seu retorno à Câmara. A oposição, entretanto, sinalizou que não pretende aceitar assim fácil qualquer proposta do governo. ´Só agora, depois da posição contrária que adotamos, estão fazendo essa oferta´, disse o líder do Dem no Senado, José Agripino (RN). ´Isso é uma bobagem. É bombom para enganar menino´, reagiu o presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE).