Fracassou a reunião com a Casa Civil. Meio milhão de processos judiciais do Estado ficam suspensosNão houve avanço na reunião da manhã de ontem entre representantes dos procuradores do Estado e o chefe da Casa Civil do Palácio Piratini, Luiz Fernando Záchia, para tratar sobre o encaminhamento da votação do projeto de lei 328/07. O projeto prevê a fixação do subsídio mensal da categoria no Estado. Foi após o adiamento de sua votação, na semana passada, que os procuradores decidiram entrar em greve. Ontem, foi o primeiro dia da paralisação.De acordo com a vice-presidente de núcleo da Associação dos Procuradores do Estado do RS (Apergs), Daniele Brasil Lerípio, não ocorreram definições na reunião e a greve vai prosseguir hoje. Depois do encontro com Záchia, a comissão de negociação da Apergs realizou uma reunião interna na sede da associação para definir novas estratégias. Com a greve dos procuradores, cerca de 500 mil processos judiciais que envolvem o Estado ficam com o atendimento suspenso. Além disso, também está paralisado o atendimento a questões administrativas, como a assessoria a secretarias do governo estadual. ´Somente será mantida, dentro dos 30% de atividades previstas constitucionalmente, aquela atividade que, caso não seja exercida, resulte em uma ação impossível de ser revertida´, assinalou Daniele. Conforme as avaliações preliminares do comando de greve, dos 279 procuradores da ativa do Rio Grande do Sul (que atuam em Porto Alegre, em 19 procuradorias regionais e também em Brasília), 90% aderiram à paralisação.O presidente da Associação Nacional dos Procuradores de Estado (Anape), Ronald Bicca, afirmou que ontem, após a reunião com Záchia, o estado de Alagoas também teve greve deflagrada, o que deverá se estender para outros estados. Segundo Bicca, a categoria não está reivindicando maiores privilégios ou aumentos salariais. ´A PGE deve ser tratada de forma institucional e não por essa visão atrasada de advocacia de Estado como se fosse advocacia de governo´, declarou Bicca.