Rejeição ao pacote de Yeda é grande
Participantes da audiência pública de ontem que discutiu o pacote do governo na Assembléia saíram com a impressão de que seria difícil aprovar as medidas neste momento. Como do futuro ninguém sabe e governos sempre têm cartas na manga, ninguém arrisca um palpite definitivo. Poucos acreditam que a situação do Estado possa piorar sem o pacote. Com exceção da dívida, os pagamentos já estão atrasados (servidores acreditam que, no caso dos salários, a decisão antecedeu propositalmente o pacote como meio de pressão), não há investimentos e, segundo o próprio governo, o déficit foi reduzido. Além disso, consideram que todas as alternativas ao pacote são mais saudáveis: revisão de incentivos, combate à sonegação, esforço de receita e renegociação da dívida. Por fim, há quem ache que a intenção do governo é fazer um ajuste drástico e rápido para poder investir a tempo da próxima eleição. Justiça seja feita, há quem rejeite o pacote menos pelo impacto do tarifaço e mais pelo ´fôlego´ que ele dará ao governo para remediar a imagem de escassez e inoperância.OPERAÇÃO CARTÃO Enquanto acontecia a audiência, o secretário Aod Cunha apresentava à governadora novidades do programa A Nota É Minha e um balanço das ações de combate à sonegação. Entre elas, os R$ 80 milhões arrecadados por meio do cruzamento de dados feito a partir de informações de compras com cartões de crédito.NFESAod Cunha também atualizou a governadora sobre os sucessos da nota fiscal eletrônica (NFE). Segundo ele, já foram emitidas 850 mil, total que chegará a 1 milhão este ano. Além disso, a estrutura montada pelo Estado, identificada como Sefaz Virtual, passou a emitir NFEs para sete estados do país.