Brasília — O secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva Ferreira, reafirmou ontem que o subsídio será a forma de remuneração dos auditores, tendo como parâmetro as carreiras da Advocacia-Geral da União (AGU) e o cargo de delegado da Polícia Federal. Ferreira ressaltou que a forma de pagamento de subsídio no caso da carreira de auditor fiscal tem que ser acompanhada da estrutura de avaliação de produtividade e de desempenho para fins de progressão. As informações foram transmitidas às liderenças das entidades que congregam as carreiras típicas de Estado.O secretário disse que já existe uma proposta elaborada, mas que ela ainda não está concluída, faltando resolver pontos como a questão do fosso salarial, o alinhamento dos analistas tributários e os padrões iniciais. Segundo Ferreira, há avanços nos estudos e na elaboração da proposta. Entretanto, ela ainda não foi submetida aos ministros do Planejamento, da Fazenda e do Trabalho. Segundo Dulce Lima, do Conselho de Representantes da Associação Nacional dos Auditores da Receita Federal do Brasil (Anfip), uma nova reunião foi agendada para a próxima terça-feira. Nessa reunião, segundo garantiu, será anunciada a proposta do governo, mesmo que ainda não esteja concluída, para discutir essas variáveis que não receberam encaminhamento. Segundo Dulce, o representante do Ministério do Planejamento garantiu ainda que ´não há recuo´ na proposta que o governo irá apresentar. Durante a reunião, a presidente da Anfip, Assunta Di Dea Bergamasco, solicitou ao secretário o equacionamento do problema do fosso salarial e que sejam utilizados critérios justos de avaliação e progressão. A presidente entregou documento elaborado pela Comissão de Mobilização Salarial, formada por associados da entidade, entre ativos e aposentados, com sugestões ao governo. A comissão vem acompanhando todos os desdobramentos das negociações da campanha salarial e está mobilizada para estudar a proposta que o governo irá apresentar.