Classe dá voto de confiança, mas cobrará resultado
Os Auditores-Fiscais da RFB (Receita Federal do Brasil) estão acatando o encaminhamento da DEN (Diretoria Executiva Nacional) e do CNM (Comando Nacional de Mobilização), durante a Assembléia Nacional do dia 14 de novembro, e vêm rejeitando por 84,45% dos votos a realização de paralisação da Classe a partir do dia 19 de novembro. A decisão da Classe dos Auditores-Fiscais não representa, de forma alguma, um sinal verde para que a negociação se arraste indefinidamente ou para que o Governo apresente uma proposta insuficiente na busca pela valorização do nosso cargo e da própria Receita Federal. Ao contrário, a sinalização da Classe deve ser entendida como um voto de confiança, uma aposta na exaustão da negociação antes de partir para a utilização de outros meios mais radicais como forma de alcançar seus justos objetivos. Se vier a ser frustrada a expectativa em torno da negociação, os Auditores-Fiscais terão cumprido o seu papel, demonstrando que até o final procuraram o entendimento e o diálogo. Por isso mesmo, esta DEN não tem nenhum receio de afirmar, com convicção, que nesse caso organizará um dos mais fortes processos grevistas da história da Receita Federal. Permaneceremos mobilizados, atentos e vigilantes. O principal parâmetro de negociação a partir de agora é: o que foi colocado e reiterado na mesa de negociação não poderá ser retirado, a não ser em troca de uma proposta ainda melhor. Alguns pontos, desde já, são inegociáveis, pois já foram acordados: paridade constitucional entre ativos e aposentados, salário que nos coloque no patamar mais alto do Poder Executivo, sem atrelamento a metas de arrecadação ou a avaliação de desempenho para efeito de remuneração. Além disso, a proposta final do Governo deverá eliminar o fosso salarial e a remuneração inicial do cargo deverá ser no maior patamar do Poder Executivo. O que já foi oferecido representa patrimônio já incorporado ao futuro acordo a ser firmado, sob pena de desmoralizar o Governo e seus negociadores, além de inviabilizar a negociação. Negociação é algo que levamos a sério e compromisso assumido é para ser cumprido.