Campanha Salarial – Reunião define parâmetros para piso salarial
Veja relato do Sinait:Em mais uma rodada de negociações com o objetivo de discutir a reestruturação remuneratória das carreiras da Auditoria Fiscal Federal no Ministério do Planejamento, o governo anunciou que pretende adotar como salário inicial um valor intermediário entre os salários iniciais da Polícia Federal e da Advocacia Geral da União. Para os Analistas Tributários, a proposta foi de um salário inicial equivalente aos Agentes da PF.A presidente do SINAIT, ao se pronunciar, questionou se o valor a ser adotado seria baseado em percentuais ou em valor nominal. Ao que o diretor respondeu que a relação seria nominal, ou seja, um meio termo a ser, ainda, fixado entre o que foi acertado com a AGU e os delegados da PF. Na reunião, o diretor de Relações do Trabalho, Nelson Freitas, substituiu o secretário de Recursos Humanos, Duvanier Paiva e informou que a solução para o fosso salarial dificulta muito os cálculos. “Decidimos utilizar um valor intermediário para que possibilite a composição da tabela e atenda às demandas de vocês. Vamos tentar chegar a um número que represente um ponto de equilíbrio entre esses valores”, disse Nelson.Segundo o diretor, a simples aplicação de um percentual linear para todas as classes seria uma operação relativamente fácil, mas não solucionaria questões importantes e cruciais. “Há uma dinâmica estrutural que temos que considerar. A tendência é construirmos tabelas que cresçam uniformemente para que não se crie descompasso entre as classes O diretor lembrou que ao remontar a tabela será necessária uma redefinição dos percentuais de cada classe e, por isso, definimos o piso para daí partirmos em direção ao teto”, salientou.Para o secretário da Receita Federal do Brasil, Jorge Rachid, a intenção é construir uma estrutura remuneratória que atenda às demandas e que possa ser operacionalizada da melhor forma. “Os pontos que estão sendo expostos durante essa negociação já estão definidos e há concordância do governo”, explicou.Em relação a essa afirmação, a presidente do SINAIT Rosa Maria, perguntou se o que está sendo posto pelo governo não poderá ser alvo de negociação. Nelson explicou que os números apresentados foram objeto de discussões e estudos e não se tratam de valores aleatórios. “Temos tentado apresentar o melhor possível a que conseguimos chegar.A negociação prosseguirá em reunião marcada para a próxima quinta-feira, dia 29-11, às 15h, e, para essa ocasião, o governo comprometeu-se a apresentar os valores iniciais de cada classe e padrão e sua adequação ao calendário de reajustes anteriormente divulgados (Nov/07, Abr/08, Nov/08, Abr/09).Participaram da reunião representando o SINAIT, além da presidente, Rosa Maria, os vice-presidentes Nilza Maria de Paula e Sylvio Barone. Representando o governo, o diretor de Relações do Trabalho do MPOG, Nelson Freitas, a secretária de Inspeção do Trabalho, Ruth Vilela, o secretário da Receita Federal do Brasil, Jorge Rachid, a coordenadora-Geral de RH do MTE, Alda Mitiê Kamada e o coordenador-Geral de Pessoal da RFB, Moacir das Dores.